Oi, tudo bem com você? Espero que sim! 😉
Duas semanas atrás eu iniciei a conversa sobre aceitação corporal nessa nova fase do blog (“conversas para distrair, empoderar e celebrar”). Nesse post (#empoderar2: Sobre aceitar nossos corpos.) eu expliquei o que é body activism ou ativismo de aceitação corporal e alguma das bases que o permeiam, com o objetivo de expandir nossas ideias nas discussões sobre o tal corpo perfeito.
Esse texto rendeu até um post lá no “Eis a questão”, o blog lindo da Olivia Alves, onde ela compartilhou alguns links que discutem a mesma temática! Veja aqui. Obrigada pela colaboração, Olivia!
Continuando o mesmo assunto, discutiremos no post de hoje porque é perigoso acreditar numa satisfação permanente com nossos corpos, a diferença entre aceitação e positivismo, e o que podemos fazer para construir a autoestima de forma saudável. Vamos lá!
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Há dois anos eu postei o “Xô baixa estisma!”, uma lista com boas coisas para se lembrar nos dias em que inseguranças e angústias estão à porta. Naquele tempo, eu acabara de construir uma melhor autoestima, que como eu adoro dizer, veio com o processo da transição capilar.
Clique aqui para conferir tudo sobre a “transição capilar” no blog!
Aquele texto me era necessário e eu esperava que cada visitante pudesse se sentir mais confiante com ele. Entretanto, parte de mim sabia que aquilo só não bastava quando não estamos bem resolvidxs. Um amontoado de palavras, de sim e nãos, é insuficiente para construir uma relação de amor próprio. Eu mesma já havia me deparado com um mundo de dicas de como aumentar a autoestima, mas assim como numa receita de bolo, elas não fazem o trabalho por você. É preciso colocar a mão na massa! Somente quando tomei consciência da minha imagem, de como eu me tratava, e a partir daí firmei um compromisso comigo mesma, que todos aqueles truques começaram a surtir efeito.
Essa mania de mostrar apenas o resultado, ao invés da caminhada até se constituir a autoestima, foi o que fez a Melissa Falabello, ativista de aceitação corporal, escrever “What If Body Acceptance Doesn’t Work? How About Body Neutrality?” (E se aceitação corporal não funcionar? Que tal a neutralidade corporal?) . Nesse texto ela conta que em nossas vidas existe uma espécie de escala que vai de -10 a 10. Se estivermos do lado esquerdo do zero, precisamos de ajuda para chegar num estado de maior equilíbrio e neutralidade. Ao alcançá-lo, podemos finalmente passar para o outro lado e lutar por felicidade e satisfação pessoais.
Nos momentos em que o nosso mundo não anda às mil maravilhas é que o ditado de “falar é mais fácil que agir” faz todo o sentido. Estamos do lado negativo daquela escala e sem uma base bem fundamentada não podemos avançar e conquistar a querida autoestima!
Imagem: Reprodução
Tratar a relação que temos com nossos corpos somente com inúmeros manuais que focam em resultados, assim como bem observamos na mídia mainstream, cria a necessidade de satisfação constante. Isso é um problema! Não estar contente com seu corpo vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, termina significando que ainda não há autoestima o bastante para se satisfazer, ou seja, permissão negada para ser feliz!
Pensando nisso, no mesmo artigo que citei anteriormente, a Melissa comparou body positivism com body acceptance, duas vertentes do ativismo de aceitação corporal, que me referenciarei aqui como “positivismo” e “aceitação”.
O positivismo é a parte que na prática prega satisfação permanente com nossos corpos. Entretanto, no dia-a-dia é mais do que comum sentirmos inseguranças, por mais bem resolvidxs que sejamos. Por conta da cobrança, ao invés dessa satisfação, produzimos novos espaços para a sensação de falha e ridicularização. Contudo, a falha agora não vem mais só da antiga pressão pelo corpo ideal, mas também de um ativismo que não está preparado para uma careta sequer na frente do espelho. Já a ridicularização é a do corpo que é diferente na tentativa de valorizar o seu.
Aceitação, por outro lado, é sobre entender que estágio contínuo de alegria não existe e tudo bem se você não está no melhor temperamento. É validar nossa opinião acerca dos nossos corpos acima de todas as outras. É ainda sobre não construir a autoestima apontando o dedo para o corpo alheio, mas sim entendendo que todxs nós merecemos amor próprio, independente de formas, tamanhos, gêneros, etnias e habilidades.
Se lembrarmos da escala de -10 a 10, o positivismo fará diferença realmente se já estivermos do lado direito do 0, desde que seja feito sem envergonhar outrens. Já a aceitação é a base que precisamos, sobretudo quando nos aproximamos do -10.
Sendo assim, sair de um rótulo para estabelecer outros não é saudável, nem muito menos honesto. Se quisermos amar nossos corpos e que eles tenham representatividade precisamos conviver harmoniosamente com outros!
Imagem: Reprodução
Por conta disso, deixo uma missão para você do lado daí: faça a sua própria lista de encorajamentos, não importa o lado em que você se encontre naquela escala! Se for compartilhar nas redes sociais utilize a hashtag #maiavox, pois eu vou adorar conferir! Fechado?! Todas as redes sociais do Maia Vox estão a seguir. Acompanhe todas as novidades por lá!
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O que achou do post de hoje? Como você faz para lidar com as inseguranças? Deixe nos comentários! Um abraço e até mais! 🙂
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