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“Sonhos, inseguranças e procrastinação” ou “Voltei, galera!”

Oi, gente! Tudo bem com vocês? Eu espero realmente que sim!

Há exatamente vergonhosos 2 meses e 22 dias a pessoa que vos fala não publica um post sequer nesse blog, mas por quê? Por onde anda Mari Gomes? Numa via bem conhecida entre sonhos, inseguranças e a bendita procrastinação.

A sensação estranha de atingir um resultado que há muito tempo pude me preparar (sair de Aracaju para morar em Salvador e estudar na UFBA) junto as inseguranças que tenho sobre mim, minhas ideias e meus trabalhos adiaram meus compromissos com o blog.

Dentro de mim várias coisas estão em pendência, mas eu sei o quanto preciso escrever  e sei o quão incrível é o contato com vocês do lado daí. ❤ E ah, obrigada as pessoas maravilhosas que estou encontrando nos últimos tempos. Cada elogio e cada crítica me deram o empurrãozinho que eu precisava para voltar ao blog.

Já se sentiu desanimdx em continuar a escrever também? Conheça o projeto Blogueirxs Empoderadxs!

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Não desiste de miiim!

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#celebrar7: Devaneios de beleza.

Oi, tudo bem com você? Espero que sim! 😉

Eu passei horas a fio pensando no que escrever nesse post de hoje. Mesmo tendo um banco de ideias senti ainda não era o dia para nenhuma delas. Resolvi então divagar, coisa que mais faço nessa vida.

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Imagem: Reprodução.

Vamos falar sobre beleza. Nesses dias me peguei remoendo uma lembrança sobre o assunto: quando eu era mais nova e as meninas começaram a se atrair por artistas e celebridades eu ainda não tinha formado o meu ideal de beleza. Eis aqui um diálogo comum da época:

Alguém – Você acha Brad Pitt bonito?

Eu – Não.

Alguém – E o Zac Efron?

Eu – Também não.

Alguém – Mas olha só esse olho azul, essa pele clara, esse cabelo loi…

Eu – Ainda não.

Custei a achá-los bonitos. Tudo porque apesar de bonito e feio existirem em meu vocabulário essas não eram palavras que eu atribuía a pessoas. Sério, eu simplesmente não conseguia! Na ingenuidade do mundo todo para mim só existiam… pessoas. Não haviam me contado que beleza é uma construção social.

O negócio é que insistiram tanto em me convencer que aquilo (olho azul, pele clara, cabelo loiro) era bonito e tudo ao contrário, não que para minha desgraça implantaram essa ideia no meu inconsciente. Dali em diante foi um processo de negação hardcore de mim mesma. De sempre olhar no espelho e ver que eu era o revés do supostamente lindo, comecei a não gostar de mim. Fui então, por conveniência, de uma criança tagarela e amostrada para uma calada e observadora.

Hoje, com aquela história toda da aceitação que já contei aqui umas mil vezes e continuarei a contar, ser calada e observadora já não me é problema, pois não guardo mais emoções e aprendo muito com isso. Sou convicta que cada um nesse planeta guarda algum tipo de beleza, nem sempre visível aos olhos. Entretanto uma coisa é certa: até esse estágio de certeza minha essência de faladeira e exibida foi massacrada. Ok, eu sei que com o passar dos anos eu mudaria e assim foi! Mas percebe o perigo no que me aconteceu? Eu mudei minha forma de pensar sobre os outros e sobre mim por pura padronização. E só para reforçar, soletrarei: M-a-s-s-a-c-r-e.

Descubra em outros textos aqui no blog o que aceitação e autoestima tem a ver com a transição capilar.

E hoje o post poderia partir para um lado de sérias reivindicações como geralmente faço aqui nas quartas-feiras, dia do empoderamento no blog, porém agora é hora de desabafo e, mais ainda, de celebrar.

Confira aqui os textos do blog que mais emanam poder!

Celebrar o que é diferente no físico, no psicológico, no modo de viver e na maneira de enxergar o mundo. Não se preocupe, muito mais do que inventam, sair do roteiro não é um problema. Geralmente é até melhor porque as surpresas levam aos improvisos e estes levam à superação e à diversão. Além do mais, beleza não é uma obrigação, mas isso é tema para outro post. E por favor, não tente empurrar padrões para os outros. Não adianta aplicar as regras da felicidade somente para amaciar nosso ego.

Por hoje era apenas isso. Um bom e leve fim de semana para você! Sinta-se mais que à vontade para me contar nos comentários o que você acha bonito e o porquê, ok? Adoraria saber!

Se gostou do post, compartilha com o mundo, de papagaio a falsianes. Se não gostou, também. Eu sei que você é legal! E sabe, tem umas redes sociais aí em baixo para a gente conversar sempre que quisermos. Abraços e até mais! 😉

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quem sou mari gomes autor

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#celebrar6: Irmãs Quann – estilo em dose dupla!

Semana passada eu lancei aqui a ideia do “Hall da Representatividade”. Vão lá no post depois para entenderem, mas já adiantando se você ainda não viu, em tempos em que precisamos de mais diversidade na mídia, o Hall da representatividade é uma iniciativa que estimula cada um a criar sua própria lista de pessoas inspiradoras, sem deixar de lutar por mais inclusão midiática. Eu já criei o meu e com certeza as irmãs Quann estão nele!

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Imagem: Urban Bush Babes

Sabe aquela história de vestir gêmeas da mesma forma? As Quann evoluíram isso para o milésimo nível e por conta disso chamaram a atenção de fashionistas ao redor do mundo no último ano.

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Imagem: Urban Bush Babes

Crescidas na cidade de Baltimore, nas décadas de 80 e 90, Takenya e Cipriana Quann são as rainhas dos penteados, mestres em combinações e talentosas até o último fio de cabelo.

Quando pequenas tinham o ritual de separar suas roupas para o colégio todas as noites ao lado da mãe e de em seguida, acompanhá-la em suas escolhas para o trabalho. Já na adolescência, elas emprestavam peças uma a outra, mas nem sempre elas voltavam da mesma forma que lhes chegavam. As duas sempre inventavam de customizar a roupa alheia, o que resultou em discussões típicas de adolescentes, mas também contribuiu bastante para a individualidade que sempre buscaram e facilmente era ignorada por serem idênticas. Continuar lendo

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#empoderar4: Satisfação constante com nossos corpos não existe e isso não é um problema!

Oi, tudo bem com você? Espero que sim! 😉

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Duas semanas atrás eu iniciei a conversa sobre aceitação corporal nessa nova fase do blog (“conversas para distrair, empoderar e celebrar”). Nesse post (#empoderar2: Sobre aceitar nossos corpos.) eu expliquei o que é body activism ou ativismo de aceitação corporal e alguma das bases que o permeiam, com o objetivo de expandir nossas ideias nas discussões sobre o tal corpo perfeito.

Esse texto rendeu até um post lá no “Eis a questão”, o blog lindo da Olivia Alves, onde ela compartilhou alguns links que discutem a mesma temática! Veja aqui. Obrigada pela colaboração, Olivia! 

Continuando o mesmo assunto, discutiremos no post de hoje porque é perigoso acreditar numa satisfação permanente com nossos corpos, a diferença entre aceitação e positivismo, e o que podemos fazer para construir a autoestima de forma saudável. Vamos lá!

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Há dois anos eu postei o “Xô baixa estisma!”, uma lista com boas coisas para se lembrar nos dias em que inseguranças e angústias estão à porta. Naquele tempo, eu acabara de construir uma melhor autoestima, que como eu adoro dizer, veio com o processo da transição capilar.

Clique aqui para conferir tudo sobre a “transição capilar” no blog!

Aquele texto me era necessário e eu esperava que cada visitante pudesse se sentir mais confiante com ele. Entretanto, parte de mim sabia que aquilo só não bastava quando não estamos bem resolvidxs. Um amontoado de palavras, de sim e nãos, é insuficiente para construir uma relação de amor próprio. Eu mesma já havia me deparado com um mundo de dicas de como aumentar a autoestima, mas assim como numa receita de bolo, elas não fazem o trabalho por você. É preciso colocar a mão na massa! Somente quando tomei consciência da minha imagem, de como eu me tratava, e a partir daí firmei um compromisso comigo mesma, que todos aqueles truques começaram a surtir efeito.

Essa mania de mostrar apenas o resultado, ao invés da caminhada até se constituir a autoestima, foi o que fez a Melissa Falabello, ativista de aceitação corporal, escrever  What If Body Acceptance Doesn’t Work? How About Body Neutrality?(E se aceitação corporal não funcionar? Que tal a neutralidade corporal?) . Nesse texto ela conta que em nossas vidas existe uma espécie de escala que vai de -10 a 10. Se estivermos do lado esquerdo do zero, precisamos de ajuda para chegar num estado de maior equilíbrio e neutralidade. Ao alcançá-lo, podemos finalmente passar para o outro lado e lutar por felicidade e satisfação pessoais.

Nos momentos em que o nosso mundo não anda às mil maravilhas é que o ditado de “falar é mais fácil que agir” faz todo o sentido. Estamos do lado negativo daquela escala e sem uma base bem fundamentada não podemos avançar e conquistar a querida autoestima!

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Imagem: Reprodução

Tratar a relação que temos com nossos corpos somente com inúmeros manuais que focam em resultados, assim como bem observamos na mídia mainstream, cria a necessidade de satisfação constante. Isso é um problema! Não estar contente com seu corpo vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, termina significando que ainda não há autoestima o bastante para se satisfazer, ou seja, permissão negada para ser feliz!

Pensando nisso, no mesmo artigo que citei anteriormente, a Melissa comparou body positivism com body acceptance, duas vertentes do ativismo de aceitação corporal, que me referenciarei aqui como “positivismo” e “aceitação”.

O positivismo é a parte que na prática prega satisfação permanente com nossos corpos. Entretanto, no dia-a-dia é mais do que comum sentirmos inseguranças, por mais bem resolvidxs que sejamos. Por conta da cobrança, ao invés dessa satisfação, produzimos novos espaços para a sensação de falha e ridicularização.  Contudo, a falha agora não vem mais só da antiga pressão pelo corpo ideal, mas também de um ativismo que não está preparado para uma careta sequer na frente do espelho. Já a ridicularização é a do corpo que é diferente na tentativa de valorizar o seu.

Aceitação, por outro lado, é sobre entender que estágio contínuo de alegria não existe e tudo bem se você não está no melhor temperamento. É validar nossa opinião acerca dos nossos corpos acima de todas as outras. É ainda sobre não construir a autoestima apontando o dedo para o corpo alheio, mas sim entendendo que todxs nós merecemos amor próprio, independente de formas, tamanhos, gêneros, etnias e habilidades.

Se lembrarmos da escala de -10 a 10, o positivismo fará diferença realmente se já estivermos do lado direito do 0, desde que seja feito sem envergonhar outrens. Já a aceitação é a base que precisamos, sobretudo quando nos aproximamos do -10.

Sendo assim, sair de um rótulo para estabelecer outros não é saudável, nem muito menos honesto. Se quisermos amar nossos corpos e que eles tenham representatividade precisamos conviver harmoniosamente com outros!

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Imagem: Reprodução

Por conta disso, deixo uma missão para você do lado daí: faça a sua própria lista de encorajamentos, não importa o lado em que você se encontre naquela escala! Se for compartilhar nas redes sociais utilize a hashtag #maiavox, pois eu vou adorar conferir! Fechado?! Todas as redes sociais do Maia Vox estão a seguir. Acompanhe todas as novidades por lá! 

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O que achou do post de hoje? Como você faz para lidar com as inseguranças? Deixe nos comentários! Um abraço e até mais! 🙂

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#celebrar1: Onde mora a beleza para você?

Oi gente, tudo bem com vocês? Espero que sim! A primeira semana do novo jeito de blogar aqui no Maia Vox já está terminando, mas eu estou muito feliz por termos voltado a conversar!

Se o dia-a-dia corrido não lhe permitiu saber das novidades, vou deixar o link dos dois posts publicados anteriormente e do desafio fotográfico que está acontecendo todos os dias no Instagram, ok? Clica aí! 

Ontem eu passei o dia me perguntando em como começar a escrever o último post da semana e o primeiro da seção “celebrar”. Já era de tarde e eu ainda não tinha pensando num assunto bom o suficiente para a gente conversar. Fiquei tão chateada e entediada que fui ao Facebook e desci o feed sem parar. Até que muito lindamente me deparei com um vídeo que acho que vocês precisavam ver. Porém, deixe-me contar a história dele antes.

Shea Glover, uma estudante de ensino médio em Chicago, decidiu sair pelo colégio dela atrás de alunos e professores perguntando se eles permitiam que ela os gravasse para um projeto. No que eles aceitavam, ela explicava a intenção do trabalho: I’m taking pictures of things I find beautiful (“Estou fotografando o que acho bonito”). A reação genuína dos convidados ao perceberem que ela os elogiava nos faz perguntar por onde anda a beleza para nós.

 Confira a seguir! Continuar lendo